quinta-feira, 24 de junho de 2010

Análise do CQC 101:









Ainda ecoavam as lembranças do inacreditável, épico (e todos os outros adjetivos que se refiram a algo de grandes proporções) programa da semana passada. Talvez por esse motivo, o programa desta seguna-feira acabou sendo, na melhor das hipóteses, fraco. Ainda assim, foi divertido apesar de tudo o teve alguns trunfos.






                             Pontos Altos:

Para começar, preciso citar a platéia que, pela primeira vez em muito tempo, estava animadíssima (aliás, perdoem-me, na análise da semana eu omiti uma situação semelhante). Depois, temos a série de matérias da Copa do Mundo que foram, verdadeiramente, os pontos altos do programa dessa segunda-feira: a matéria no primeiro jogo do Brasil, contra a Coréia do Norte (destaque especial para Cortez tentando debater assuntos sérios entre a torcida e para os jogadores sacaneando o Andreoli), a matéria no segundo jogo do Brasil, contra a Costa do Marfim, (aqui, destaque para a completa passionalidade de Andreoli), a matéria no treino da seleção portuguesa, esses nossos vis colonizadores, a matéria no jogo da Argentina e, finalmente, quem poderia imaginar, a hilária competição de beijos e, seguindo na surpresa de ter sido, contra todas as expectativas, uma matéria sensacional, temos, quem diria novamente, vitória esmagadora de Rafael Cortez! Cortez derrotou Felipe Andreoli, o homem que fez uma matéria de quase dez minutos em 2009 mostrando exclusivamente a pegação entre ele e as espectadoras das 500 Milhas de Indianapólis, e o mesmo Andreoli que ainda em 2009 fez uma matéria igualmente longa que, da mesma forma, mostrava apenas Andreoli pegando alemãs na Oktoberfest de Munique! Mas, apesar de sua esmagadora vitória heterossexual, Cortez ainda se deu à liberdade de beijar um homem, para não perder o costume.

 
   
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seguindo em frente, impossível não citar a exibição, sem cortes, da agressão do deputado federal Nelson Trad (PMDB-MS) para com Mônica Iozzi e a equipe do CQC. Destaque especial para a hilária narração de Milton Neves. E essa matéria acabou por mostrar duas coisas: sem sombra de dúvidas, Nelson Trad não teve absolutamente nenhum ferimento e, vejam só, a agressão era na verdade muito mais violenta do que a matéria originalmente deu a entender. Essa matéria ficará para sempre nos anais da história do CQC e é, dentro de uma disputa acirradíssima, uma das situações mais surreais com a qual o programa já se deparou. Vamos pensar um pouco: os deputados federais assinam propostas de emendas constitucionais sem nem ao menos lerem o que estão assinando, sendo que qualquer pessoa normal e sensata sabe que nunca se deve assinar nada sem saber o teor do que se está assinando, e é o CQC que cria situações constrangedoras para os deputados e é o CQC que será submetido à medidas restritivas. Um deputado federal, em pleno Congresso, agride uma repórter, sem razão nenhuma, e quem se diz agredido foi o próprio deputado. Isso tudo é, se não assustador, incompreensível. E a pior parte é que essa história, como todos sabemos muito bem, está longe de acabar.


Fora isso, vale citar o pouco comentado, mas sempre divertido, “A Semana Em Fotos” e os sempre bem-vindos vídeos dos bastidores, no caso, os bastidores do histórico programa No. 100 e, é claro, a sempre inspiradíssima bancada.



                               Pontos Intermediários:


Começamos esse segmento com a matéria da Mônica na convenção do PV que foi, no mínimo, leve. E segue o “CQTeste” fora dos pontos baixos: o dessa segunda-feira não foi tão engraçado quanto o da semana passada, mas a mudança de apresentadores ainda mantevem um pouco do frescor do quadro. Ainda assim, o “CQTeste” segue sendo como o quadro mais inútil de todo o CQC. Depois, a matéria do Oscar Filho na festa do Marcelo D2, foi, obviamente, dispensável, mas não deixou de ter seus momentos, destacando especialemente as inserções de jogadores de futebol americano derrubando o pobre Oscar. “O Povo Quer Saber” também não teve grandes momentos, em especial pelo fato de Denílson ser a pessoa, até o momento, menos interessante a ter participado do quadro. E por fim, não posso deixar de citar o “Top Five”, que não foi propriamente ruim, mas não fez nenhum jus à propaganda exagerada (e já rotineira) de Tas.



                                       Pontos Baixos:

Não houve nenhuma matéria necessariamente ruim no programa desta segunda-feira, mas não posso deixar de citar algo que já havia citado semana passada: onde está o “Proteste Já”? Foram muitas as matérias que acabaram não indo ao ar ontem (entre elas, a matéria no flashmob em comemoração ao centésimo programa do CQC em São Paulo e o aguardado retorno do “Teste de Honestidade”), mas CQC sem “Proteste Já” não é CQC. Que abrissem mão de qualquer outra matéria, mas deixar de lado o “Proteste Já” é, do ponto de vista de um mero espectador médio, um crime capital.

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